Sabia que a linha de vida é uma aliada fundamental na prevenção de acidentes em trabalhos em altura?
Esse sistema vai além de uma medida de segurança. Na realidade, é um investimento no bem-estar dos trabalhadores e na conformidade operacional das empresas.
Continue a leitura para entender melhor o que é essa linha de segurança, como ela funciona e os tipos existentes!
O que é uma linha de vida?
Uma linha de vida é um equipamento de segurança que conecta o usuário a um ponto fixo seguro para prevenir quedas em trabalhos em altura.
Em outras palavras, ele consiste em cabos, cordas ou tirantes ancorados de maneira segura a pontos resistentes para criar uma via de segurança pela qual o trabalhador pode se locomover.
Por exemplo, em trabalhos de construção, manutenção em telhados, instalação de sistemas de energia, entre outros, esse equipamento pode ser instalado para garantir a segurança dos trabalhadores que precisam se deslocar em áreas elevadas.
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Como funciona a linha da vida?
Esse sistema funciona como um equipamento de segurança que ajuda a evitar quedas e diminuir o impacto delas, caso ocorram.
Ela costuma ser constituída pelos seguintes elementos:
- cabo, corda ou trilho: que se estendem pela área de trabalho e funcionam como a “linha”;
- ponto de ancoragem: local onde a linha é fixada;
- conector de ancoragem: componente que conecta a linha com o sistema de arnês do trabalhador;
- trava-queda ou dispositivo de travamento: equipamento projetado para deslizar ao longo da linha e bloquear eventuais quedas para proteger o trabalhador;
- cinturão de segurança: equipamento responsável por proporcionar um meio de fixação ao sistema de linha.
É importante que todo o sistema seja inspecionado com frequência para assegurar a boa funcionalidade dele.
Dessa forma, é possível garantir ainda mais segurança para os trabalhadores desempenharem as respectivas funções em altura.
Tipos de linhas de vida
Esse equipamento de segurança pode ser classificado em diferentes tipos com base na orientação e mobilidade que oferece.
Essa variedade é positiva para aumentar a eficácia e a versatilidade do equipamento, o que permite que ele seja adaptado a uma ampla gama de ambientes e demandas de trabalho.
Conheça os principais tipos:
Horizontais e verticais
As linhas horizontais e verticais, como o nome sugere, são instaladas nos respectivos posicionamentos para permitir a mobilidade do trabalhador.
Logo, as linhas horizontais são para superfícies horizontais, como telhados e outras áreas planas.Já as verticais são para superfícies verticais, como paredes ou edifícios.
A escolha entre uma linha horizontal ou vertical depende da natureza do trabalho a ser realizado e das condições específicas do local.
Fixas ou móveis
As linhas de vida fixas são instaladas de forma permanente em uma estrutura e são empregadas em locais com risco frequente de queda.
Por outro lado, as linhas móveis são portáteis e podem ser montadas e desmontadas conforme necessário.
No caso, elas são mais comumente utilizadas em situações temporárias ou em locais onde a instalação de uma linha fixa não é possível ou prática.
Onde as linhas de vida são utilizadas?
As linhas são utilizadas em praticamente todas as atividades que estão sujeitas a riscos de queda de alturas.
Por exemplo:
- construções civis;
- indústrias;
- limpeza de janelas;
- reparos em telhados;
- acesso em espaços confinados;
- refinarias e instalações relacionadas.
Ou seja, toda e qualquer função que tenha risco de queda capaz comprometer a integridade física do trabalhador necessita do sistema de linha.
Alguns dos locais que têm tido mais destaque nos últimos anos são:
Linhas de segurança em torre eólica
O setor de energia eólica está em constante expansão no Brasil. Inclusive, o segundo semestre de 2023 registrou índices inéditos de produção dessa fonte de energia no país, conforme dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Sendo assim, as linhas se tornam ainda mais essenciais para garantir a segurança dos trabalhadores que realizam manutenção, instalação ou inspeção nessas estruturas em específico.
Elas são projetadas para possibilitar que os trabalhadores se fixem à estrutura da torre de forma segura, fornecendo um ponto de ancoragem confiável enquanto eles desempenham as funções em altura.
É bom lembrar que as torres eólicas costumam ter uma altura considerável e apresentam desafios específicos de segurança, como a exposição a condições climáticas adversas.
Neste sentido, esses componentes de segurança precisam ser projetados para suportar a carga de impacto de uma queda e também para resistir a condições ambientais.
Linhas de segurança em escadas
Essas escadas consistem em equipamentos utilizados por empresas de telecomunicações, por exemplo, para facilitar o acesso a locais elevados, como torres de transmissão e antenas.
Para mitigar esses riscos e garantir a segurança dos trabalhadores, são empregadas as linhas de segurança.
Elas devem ser instaladas conforme regulamentos específicos de segurança, de tal forma que atendam aos padrões de qualidade e resistência necessários para proteger os trabalhadores dos riscos associados.
De forma geral, é fundamental que as empresas garantam a segurança dos funcionários por meio do fornecimento e uso correto dessas linhas. Caso contrário, pode acarretar em problemas legais, multas e danos à reputação da organização.
O que diz a NR 35 sobre linha de vida?
A Norma Regulamentadora 35 (NR 35) determina os requisitos mínimos de segurança para funções em altura. A respeito das linhas de segurança, a diretriz estabelece que elas precisam ser utilizadas quando houver risco de queda.
Além disso, a norma especifica os requisitos técnicos que as linhas devem atender, como:
- instalação;
- manutenção;
- inspeção regular;
- procedimentos para uso adequado.
Outro ponto importante é que a NR 35 enfatiza a necessidade da elaboração de um projeto técnico por um profissional habilitado para a instalação das linhas de segurança.
Esse projeto deve considerar as particularidades do local de trabalho, as atividades realizadas em altura e outros fatores importantes para garantir que o sistema de proteção contra quedas seja eficaz e seguro.
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Outras Normas que tratam sobre a linha de vida
Além da NR 35, as linhas de segurança são tratadas na NBR 16325-2, uma norma técnica brasileira que trata dos critérios mínimos de desempenho para sistemas de proteção contra quedas de altura.
A parte 2 da NBR 16325 estabelece os requisitos e os métodos de ensaio para sistemas de ancoragem horizontal flexível, como sistemas de linha de vida horizontais.
Esses sistemas são projetados para permitir a movimentação segura dos trabalhadores em altura em ambientes onde é necessário deslocamento horizontal, como plataformas e outros.
Além dessa diretriz, a NR 18 trata sobre a segurança na construção civil, o que inclui o uso da linha de segurança em trabalhos em altura, como os telhados.
O objetivo dela, assim como outras normas, é assegurar a integridade física e segurança dos trabalhadores nessas funções.
O que são os SPIQs?
SPIQs é uma sigla para Sistemas de Proteção Individual contra Quedas, que são essenciais para garantir a segurança dos trabalhadores que realizam funções em altura.
Os SPIQs são compostos por diferentes tipos de equipamentos, como:
- dispositivo de ancoragem;
- dispositivos anti-quedas;
- mosquetões e outros conectores;
- arnês de segurança;
- absorvedores de energia.
O uso desses equipamentos é regulamentado por normas de segurança, que estabelecem as diretrizes de uso e manutenção.
É essencial garantir a conformidade com essas normas para evitar acidentes e consequências legais.
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Conclusão
Em um cenário onde a segurança dos trabalhadores é uma prioridade inegociável, o cumprimento das normas de segurança relacionadas ao uso de equipamentos como as linhas de vida é de extrema importância.
Além de definerem padrões de instalação, manutenção e uso, essas normas desempenham um papel de suma importância na prevenção de acidentes e proteção da integridade física dos trabalhadores.
Ao seguir rigorosamente essas normas, as empresas reduzem os riscos de acidentes no local de trabalho e também promovem uma cultura de segurança.
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